Descubra os Segredos da Revitalização da Pequena África no Centro

📸 Foto: Reprodução/VEJA RIO
Projeto de Revitalização da Pequena África ganha destaque com intervenção inovadora no Centro do Rio
Um novo projeto de revitalização está sendo planejado para a Pequena África, localizada na Zona Portuária do Rio de Janeiro. A iniciativa visa fortalecer a conexão histórica, cultural e espiritual da região, reconhecida por sua importância simbólica para a população negra brasileira.
Concurso nacional resulta na escolha de arquiteta renomada
Após uma competição promovida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a vencedora foi Sara Zewde, arquiteta e paisagista etíope-americana que reside em Nova York. A sua proposta, elaborada pelo estúdio que fundou no Harlem, destacou-se por sua sensibilidade cultural e potencial de transformação urbana.
Detalhes do projeto e objetivos principais
O projeto prevê a construção de uma passarela com inclinação suave de 5%, que conectará as Docas de D. Pedro ao bairro próximo ao Avenida Venezuela, onde está situado um baobá emblemático, representando a ancestralidade africana. Essa passarela terá um percurso que conduz o visitante até o sítio arqueológico do Cais do Valongo, reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO.
“Queremos transformar esse trajeto em uma rota de reconexão cultural e espiritual, remetendo às jornadas dos povos africanos escravizados,” explicou Sara Zewde.
Intervenções simbólicas e paisagísticas
- Piso trançado nas calçadas: inspirado em padrões africanos tradicionais;
- Paisagismo com figueiras: reforçando a ligação ancestral;
- Melhorias na acessibilidade: facilitando o acesso ao sítio arqueológico;
- Reorganização urbana: revitalização do Largo do Propósito e da Praça da Harmonia, criando um circuito integrado de cultura e patrimônio.
Impacto cultural e social
Segundo Sara Zewde, o projeto foi desenvolvido a partir de uma escuta ativa dos moradores locais, levando em consideração suas memórias e desejos. Sua trajetória profissional inclui passagens pela Universidade de Harvard, onde é professora da disciplina de Arquitetura Paisagística, sendo reconhecida como a primeira mulher negra a atuar na área na instituição.
Etapas e financiamento
O concurso do BNDES premiou três propostas e concedeu menções honrosas, com a proposta de Sara sendo a vencedora. O banco destinou uma verba de aproximadamente R$ 7 milhões para o desenvolvimento dos estudos e estruturação do projeto. A execução agora depende da aprovação dos órgãos de preservação e planejamento, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), além do envolvimento da prefeitura do Rio de Janeiro.
Perspectivas futuras
Com o apoio de entidades públicas e a receptividade de populações locais e turistas, a expectativa é que, futuramente, o projeto potencialize o turismo cultural e fortaleça o reconhecimento da história africana na cidade, promovendo uma maior valorização do patrimônio e da memória ancestral da região.
Fonte: Os detalhes do projeto de revitalização da Pequena África, no Centro
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